Com 16 anos já era uma soprano famosa e se apresentava em curtos recitais no Teatro Trianon e no salão do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
Em 1922 foi para Nice, na França, estudar com Jean de Reszke (1850 - 1925).
Em 1925 ela retornou ao Brasil e apresentou-se no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro. Tinha apenas 23 anos, mas recebeu consagração do público e da crítica.
Em 1926, apresentou-se como cantora de ópera no Teatro Constanzi, de Roma, na Itália e em julho do mesmo ano inaugurou a temporada lírica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, interpretando Rosina na ópera "O barbeiro de Sevilha", de Gioacchino Rossini (1792-1868) .
Em 1928 apresentou-se no Teatro Cólon, de Buenos Aires, na Argentina, com enorme sucesso. Retornou para a Itália, fez show no Teatro Allá Scala, de Milão, e na Academia Santa Cecília, de Roma. Foi para Paris, França, tendo sido muito aplaudida no Teatro Nacional de ópera Còmica, cantado "Lakmé", de Léo Delibes (1836-1891).
Em 1935 apresentou-se no Teatro Town Hall, de Nova York, nos Estados Unidos, tornando-se logo conhecida nos meios musicais daquela cidade.
Após ouvi-la, Arturo Toscanini (1867-1957) convidou-a para participar de um concurso de solistas, onde ela cantou "La demoiselle élue", de Claude-Achile Debussy (1862-1918). Obteve um sucesso tão retumbante que foi contratada imediatamente pelo próprio Toscanini, para a Orquestra Filarmònica, de Nova York.
Em 1936, cantou com a famosa orquestra no Carnegie Hall, de Nova York e consagrou-se definitivamente nos Estados Unidos.
No dia 7 de fevereiro de 1937, estreou no Metropolitan Opera House, com a "Manon" de Jules Massenet (1842-1912). O espetáculo foi transmitido via rádio para o Rio de Janeiro. Após esse concerto, foi contratada para o elenco permanente desse teatro.
Em fevereiro de 1938, cantou na Casa Branca, em Washington, DC, para o Presidente Franklin Delano Roosevelt e sua esposa.
Em 1945 ficou em segundo lugar no concurso que elegeu a cantora de maior prestígio nos Estados Unidos.
Em 1957 fez sua última apresentação no Brasil, cantando "La demoiselle élue".
Em 1958, cantou pela última vez no Carnegie Hall, de Nova York, atendendo a um pedido do Maestro Heitor Villa-Lobos.
Em 1995 foi homenageada pela Escola de Samba Beija-Flor, no desfile das escolas de samba no carnaval daquele ano, que apresentou o samba enredo contando a sua carreira.
Bidu Saião, a gloriosa e vitoriosa brasileira que recebeu todas as honras dos americanos e que foi uma das maiores cantoras de ópera do século XX jamais foi reconhecida no Brasil. A nossa Bidu morreu na terra que a acolheu com a sua arte: morreu em Rockwell, nos Estados Unidos, no dia 12 de março de 1999.
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