Ao meu amo ofereço a minha oração:
Dá-me comida e cuida de mim, e quando a jornada terminar,
Dá-me abrigo, uma cama limpa e seca e uma baia ampla pra eu descansar em conforto.
Fala comigo; tua voz, muitas vezes, significa, para mim, o mesmo que as rédeas.
Afaga-me, às vezes, para que eu te possa servir com mais alegria e aprenda a te amar.
Não maltrates minha boca com o freio e não me faças correr ao subir um morro.
Nunca, eu te suplico, me agridas ou me espanques quando eu não entender o que queres de mim, mas dá-me uma oportunidade de te compreender.
E, quando não for obediente ao teu comando, vê se algo não está correto nos meu arreios, ou maltratando os meus pés.
E, finalmente, quando a minha utilidade se acabar, não me deixes morrer de frio ou à mingua, nem me vendas para alguém cruel para eu ser lentamente torturado ou morrer de fome.
Mas, bondosamente, meu amo, sacrifica-me tu mesmo e teu Deus te recompensará para sempre, e não me julgues irreverente se te peço isso.
Em nome d'Aquele que também nasceu num estábulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário